PROFESSORES DE GOV. EUGÊNIO BARROS DELIBERAM PLANO DE LUTA PELA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO

Na manhã desta segunda-feira, 3 de março, os professores da rede municipal de ensino, associados ao SINTESPGEB, reuniram-se para discutir e aprovar um plano de luta em defesa do restabelecimento do tempo das horas-aula para 50 minutos. A decisão foi unânime e reforça o compromisso da categoria com a qualidade do ensino no município.

Os professores de Gov. Eugênio Barros e as entidades sindicais e entendem que toda e qualquer decisão sobre jornada de trabalho e carga horaria da categoria recebem o aval ou decisão do prefeito Francisco Carneiro Ribeiro, conhecido como Chiquinho do Banco, que nesse momento, comete o mesmo erro do passado.   

Os educadores, em conjunto com o sindicato, entendem que a melhoria do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) passa por uma série de ações estruturais e pedagógicas. Entre as reivindicações, destacam-se a necessidade de um calendário escolar com mais de 200 dias letivos, material pedagógico adequado e suficiente, transporte e merenda escolar de qualidade, implementação de programas de alfabetização para nivelamento dos alunos, melhorias na infraestrutura das escolas, a ampliação da educação em tempo integral e a capacitação contínua dos professores efetivos e contratados. Além disso, os profissionais defendem a climatização das escolas como medida essencial para proporcionar um ambiente mais adequado ao aprendizado dos alunos e ao trabalho dos professores.

PLANO DE LUTA: MOBILIZAÇÃO COMEÇA NO DIA 10 DE MARÇO

Diante da necessidade de garantir condições justas de trabalho e aprendizagem, os professores decidiram que, a partir do dia 10 de março próxima segunda-feira, irão ministrar suas aulas respeitando o tempo de 50 minutos, como tem sido a muito tempo.  Além disso, farão um trabalho de conscientização junto à população, utilizando as mídias locais e regionais para esclarecer como o IDEB é medido e quais são as responsabilidades tanto do município quanto dos professores na melhoria dos índices educacionais.    Tomaram a decisão de que, caso até o dia 13 de março a administração municipal não restabeleça a carga horária regular das aulas ou resolva em conjunto com o SINTESPGEB, a categoria realizará um ato público no dia 14 de março. A manifestação percorrerá as ruas da cidade e será finalizada na Câmara Municipal, cobrando dos representantes do legislativo local uma posição em defesa da educação pública de qualidade.

O sindicato e a federação reforçam que não há qualquer estudo que comprove que ampliar o tempo da hora-aula para 60 minutos traga benefícios significativos para o ensino e aprendizagem dos alunos. Prova disso é que o próprio Estado do Maranhão adota a duração máxima de 50 minutos para cada aula na rede estadual, assim como, os municípios que compõem a regional de educação e as centenas de cidades do Maranhão.

O SINTESPGEB e a FETRACSE reafirmam seu compromisso com a valorização dos professores e com a luta por uma educação pública de qualidade, pautada no respeito aos direitos dos trabalhadores da educação e no desenvolvimento integral dos estudantes.