Educação de Qualidade Exige Mais do que Tempo de Aula: Condições Estruturais Precárias Prejudicam Alunos em Governador Eugênio Barros

NÃO SERÁ A HORA/AULA DE 60 MINUTOS QUE VAI MELHORAR A EDUCAÇÃO DE GOV. ÊUGÊNIO BARROS

A qualidade da educação não se resume ao tempo de aula. Para que haja aprendizado efetivo, é fundamental oferecer condições estruturais adequadas, um ambiente seguro e confortável para alunos e professores. Infelizmente, a realidade da Unidade Escolar Agnelo Vieira Chaves, no município de Governador Eugênio Barros (MA), demonstra que a infraestrutura deficiente é um dos principais entraves para o desenvolvimento educacional e que não é aumentando 10 minutos na hora/aulas dos professores que irá melhorar a educação da cidade.

No dia 24 de março de 2025, uma comissão do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINTEPGEB) visitou a escola para avaliar suas condições. O que foi constatado é alarmante: prédio deteriorado, risco estrutural, salas sem ventilação, banheiros insalubres e instalação elétrica precária. Tais problemas não apenas comprometem a segurança de estudantes e profissionais da educação, mas também dificultam significativamente o processo de ensino-aprendizagem.

Infraestrutura em Ruínas: Um Ambiente Inadequado para o Ensino

Entre as principais deficiências identificadas, destaca-se a falta de ventilação adequada nas salas de aula, agravada pelo calor intenso da região. Os alunos são obrigados a estudar em espaços abafados, sem climatização ou ventilação suficiente. O desconforto gerado por essas condições prejudica a concentração e o rendimento escolar.  Além disso, rachaduras estruturais comprometem a segurança do prédio, com risco iminente de desabamento de partes do teto. O telhado antigo e danificado apresenta perigo de quedas, enquanto os corredores e pisos encontram-se em estado precário, dificultando o deslocamento seguro dos estudantes.

Salas de Aula e Banheiros em Estado Lastimável

Os quadros utilizados pelos professores estão em péssimas condições, e os ventiladores, quando funcionam, não possuem proteção, colocando em risco a integridade física dos alunos. A instalação elétrica é ultrapassada, aumentando a probabilidade de acidentes.

Os banheiros também são um reflexo do abandono da unidade. Com portas quebradas e sem fechaduras, eles comprometem a privacidade dos estudantes. Os vasos sanitários estão deteriorados e sem tampas, enquanto as descargas, pias e torneiras apresentam defeitos ou soluções improvisadas.

Cozinha em condições insalubres para os trabalhadores 

Cozinha fechada e sem condições dignas de trabalho às merendeiras, não tem iluminação ou ventilação, falta armários para o acondicionamento de utensílios de uso no fazer dos alimentos, calor muito forte no ambiente.

Providências Urgentes

Diante dessa realidade inaceitável, o SINTEPGEB tomou medidas imediatas, como a elaboração de um relatório fotográfico para documentar a situação e a programação de visitas a outras escolas do município para avaliar se há condições semelhantes. O relatório será encaminhado à FETRACSE e ao Ministério Público, buscando ações concretas para melhorias.

A entidade também solicitará providências à Prefeitura, à Câmara de Vereadores e outros órgãos competentes, alertando sobre os riscos diários enfrentados por alunos e professores.

Educação de Qualidade: Mais que Tempo de Aula, Estrutura Digna

A educação não pode ser reduzida ao tempo de permanência dos alunos na escola. Melhorar o aprendizado requer investimentos estruturais que garantam conforto, segurança e condições básicas para um ensino eficaz, melhorando as condições de professores, alunos e demais profissionais da educação.

O SINTEPGEB reafirma seu compromisso com a defesa de uma educação de qualidade e digna. A situação precária da Unidade Escolar Agnelo Vieira Chaves exige medidas urgentes e efetivas.

O futuro das crianças e o respeito aos profissionais da educação não podem esperar.

Algumas das dezenas de fotos da escola: