O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (SINTESPGEB), comunica oficialmente, na manhã desta terça-feira, 18 de março, ao prefeito Chiquinho do Banco, a decisão tomada pela Assembleia Geral dos professores na última sexta-feira, 14 de março. Antes da realização do ato público em defesa da educação de qualidade e da jornada extraclasse da categoria, que os professores rejeitaram, por unanimidade, a proposta da administração municipal de manter a hora-aula em 60 minutos. A categoria reforçou sua luta pela manutenção do tempo máximo de 50 minutos por hora-aula, conforme a legislação vigente. A proposta somente majora o tempo de hora aula e não delimita tempo de retorno à normalidade, postergando indefinidamente as aulas de 60 minutos, sem justificativas oficiais dos motivos.
O que se sabe de certeza é que tem o calendário escolar 2025 com o mínimo de dias letivos de 200 dias e que as aulas tiveram início já no mês de março.
O entendimento dos professores e das entidades sindicais é claro: se o prefeito realmente deseja melhorar a educação, é necessário priorizar ações concretas e urgentes, tais como:
✅ Calendário escolar adequado, com mais de 200 dias letivos;
✅ Merenda escolar de qualidade, garantindo alimentação digna aos alunos;
✅ Melhoria na infraestrutura das escolas, incluindo climatização das salas de aula;
✅ Investimento no transporte escolar, assegurando segurança e pontualidade;
✅ Educação em tempo integral, ampliando o aprendizado;
✅ Programas de alfabetização e nivelamento, combatendo a defasagem educacional;
✅ Capacitação contínua dos profissionais da educação, desde professores até servidores administrativos, entre outras medidas eficazes.
A decisão dos professores está amparada na defesa dos direitos trabalhistas e na necessidade de cumprimento da legislação que prevê a composição da jornada de trabalho dos docentes com 1/3 da carga horária destinada a atividades extraclasse. A manutenção da hora-aula em 60 minutos fere essa prerrogativa e impõe prejuízos às condições de trabalho dos professores. Além disso, não há qualquer evidência científica de que o aumento dos minutos por aula melhore a qualidade do ensino. O ideal é ampliar o número de dias letivos, preferencialmente ultrapassando os 200 dias exigidos pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).
Diante desse cenário, as entidades sindicais solicitam que a gestão municipal reabra o diálogo com a categoria para buscar uma solução que respeite os direitos dos professores e garanta uma educação de qualidade no município.
A luta contra a exploração dos professores
Talvez o prefeito Chiquinho do Banco não saiba, mas a profissão de professor está entre as mais estressantes do mundo. Assim como cirurgiões, advogados e pilotos, os docentes enfrentam jornadas exaustivas, sobrecarga de trabalho e responsabilidades que vão muito além da sala de aula. Além de preparar aulas e corrigir provas, os professores lidam com alunos que necessitam de acompanhamento especial, desde aqueles diagnosticados com TEA, TDAH e TOD até crianças que sofrem com abandono, maus-tratos, alcoolismo familiar e extrema pobreza.
A missão dos professores é transformar a sala de aula em um espaço de aprendizado, superando desafios que extrapolam seu papel. No entanto, ao invés de valorizar esses profissionais, a gestão de Chiquinho do Banco tem tornado sua realidade ainda mais difícil. Com interpretações equivocadas da legislação e tentativas de ressuscitar questões antigas já resolvidas, ele agora ameaça aumentar a carga horária dos docentes, prejudicando a qualidade de ensino e as condições de trabalho.
Atualmente, a gestão municipal mantém professores e alunos em salas sem climatização, sem equipamentos multimídia adequados, sem materiais didáticos suficientes e ignora a necessidade de atualização do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) do Magistério.
Mobilização e luta
Diante desse cenário, o SINTESPGEB, a FETRACSE e a FORÇA SINDICAL, ao lado dos professores de Governador Eugênio Barros, reafirmam sua posição: não aceitarão esse ataque à categoria! Exigem que os vereadores não aprovem essa aberração contra os educadores e continuarão firmes na luta pelos direitos dos professores e pela educação de qualidade.
A política da dupla Chiquinho do Banco tem um único objetivo: explorar ao máximo os profissionais da educação sem investir em concursos públicos e melhorias estruturais. O resultado desse descaso será inevitável: o adoecimento dos professores.
Diante disso, a categoria decidiu reagir!
A Assembleia Geral Extraordinária aprovou que, após os 50 minutos regulamentares de aula, os professores deixarão as salas em protesto. No dia 14 de março, a categoria realizou o primeiro ato público pelas ruas da cidade. As mobilizações continuarão e o sindicato, junto com uma comissão, visitará as escolas para expor à sociedade as precárias condições físicas e estruturais das unidades de ensino.
A luta continua e os professores de Governador Eugênio Barros não se calarão diante desse retrocesso!